Depois do zagueiro argentino Kevin Lomônaco, agora foi a vez do zagueiro equatoriano Leo Realpe, do RB Bragantino, ser citado nas investigações da Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de resultados de jogos de campeonatos brasileiros de todas as séries.

Segundo o Ministério Público de Goiás, Realpe está entre os 53 jogadores citados nas conversas sobre o esquema de apostas.

No entanto, o Massa Bruta ainda não afastou o jogador, como fez com Lomônaco, e ele atuou na partida contra o América-MG nesta quarta-feira (10), pelo Campeonato Brasileiro Série A.

O equatoriano aparece também numa planilha de transações onde ela teria recebido R$ 20 mil de sinal e receberia outros R$ 60 mil caso cumprisse o acordo.

O arranjo era que ele recebesse um cartão amarelo na partida de 17 de outubro de 2022, quando o Braga perdeu para o Santos pelo Brasileirão.

O jogador atuou nessa partida, recebeu o cartão, mas não há uma comprovação de que ele tenha embolsado os valores combinados.

Nesta quarta-feira (10), o ministro da Justiça Flávio Dino garantiu que a partir de agora, a Polícia Federal também vai entrar nas investigações, que estavam sendo realizadas pela Polícia Civil goiana

Atletas do Braga têm atitudes diferentes

Enquanto Kevin Lomônaco já admitiu culpa e fez um acordo com o Ministério Público de Goiás para aparecer no caso apenas como testemunha, Realpe se exime de qualquer reponsabilidade.

Ele admite ter realmente trocado tais mensagens com o aliciador, identificado como Bruno Lopez e apontado como o chefe da organização criminosa, mas garantiu que nenhuma negociação foi adiante.

Em suma, o RB Bragantino só tomará alguma atitude para punir o atleta caso ele seja indiciado, como afastá-lo do elenco disponível ao técnico Pedro Caixinha.

O clube renovou o contrato com o zagueiro recentemente até 2026. Ele tem 22 anos de idade e foi comprado junto ao Independiente Del Valle.

Crédito imagem: Ari Ferreira/RB Bragantino