O Tite, desde que chegou ao Flamengo, tem tentado dividir os holofotes com integrantes da sua comissão técnica e funcionários do clube. Tal postura do treinador começa a chamar a atenção da mídia esportiva. Isso porque, o ex-comandante da seleção busca repetir no rubro-negro alguns costumes dos tempos que esteve à frente do escrete canarinho.

Após o clássico diante do Fluminense, no último final de semana, pela 34ª rodada do Brasileiro, Tite fez questão de deixar isso em evidência. O treinador da Mengão, desde que desembarcou na Gávea, se acostumou a realizar entrevistas compartilhadas.

Entrevistas compartilhadas de Tite, no Flamengo

Depois do Fla-Flu, disputado pelo Campeonato Brasileiro, no último sábado (11), Tite levou seu auxiliar César Sampaio para um papo com os jornalistas. Antes disso, o técnico havia levado o preparador Fabio Mahseredjian para coletiva no clássico contra o Vasco, também pelo Brasileirão Série A.

O mesmo cenário se repetiu após a vitória diante do Palmeiras no meio da semana passada. Na ocasião, Tite levou Marcio Tannure, gerente do departamento médico do Fla, e o auxiliar Matheus Bachi, para participarem da coletiva de imprensa após superar os rivais paulistas por 3 a 0.

Ainda em relação ao Fla-Flu, o técnico escolheu o diretor de futebol Bruno Spindel para abrir a coletiva e explicar a expulsão de Gabigol.

Diante desse modelo de entrevista, Tite se acostumou a apontar um de seus companheiros como o mais indicado para responder determinada pergunta, quando é questionado.

O hábito que Tite está adotando no Fla, já era comum para o treinador durante as últimas duas Copas do Mundo, quando dirigiu o Brasil. No entanto, tal formato de coletiva de imprensa era incomum no futebol brasileiro antes do treinador assumir o Mengão como substituto de Jorge Sampaoli.

Como é feita a seleção?

Tite, portanto, decide com a diretoria e assessoria de imprensa sobre a seleção dos nomes para ir à coletiva conjunta.

Isso não garante que o técnico terá em todas as coletivas um formato conjunto. Isso porque, em muitos estádios do futebol brasileiro, a estrutura não possibilita isso. Alguns clubes do Brasil vivem uma realidade muito distante da que é vivida pela seleção.