A saber, Renato Paiva, ex-treinador do Bahia, teve o anúncio da sua saída do clube divulgada no dia seis de setembro. Portanto, o treinador português não conseguiu lidar com a pressão de resultados ruins, torcida e até atritos com a imprensa baiana. Todavia, em relato ao Coaches Voice, Paiva explicou que tinha a confiança do Grupo City, responsável pela gestão da Sociedade Anônima do Futebol – SAF do Tricolor de Aço.

Assim, Renato Paiva declarou sobre o apoio que teve do Grupo City: “É importante deixar claro que o Grupo City não iria me despedir até o final do campeonato. Não havia qualquer ameaça de demissão. Pelo contrário, senti muita confiança e apoio vindos de Manchester.”

Em seguida, Renato dialogou sobre sua decisão de sair do Bahia: “Trabalhar em um clube do Grupo City é diferente. Há diretrizes que você deve seguir, orientações que precisam ser respeitadas. O estilo de jogo tem que ser em função de alguns parâmetros definidos por eles, e nós estávamos claramente dentro do que era exigido. Mas, senti que era o momento de ir embora. A pressão era muito grande e eu não queria aquele ambiente para os meus jogadores.”

Ainda assim, Paiva comentou que estava vendo evolução do Esquadrão: “A minha sensação é que o Bahia estava em evolução quando saí. Era visível que a equipe jogava cada vez melhor. O Bahia era a sexta equipe, entre 20, que menos chutes a gol concedia ao adversário. E era a quinta com mais finalizações. Ou seja, em termos coletivos, havia um trabalho, uma ideia. No Brasil, porém, só se olha para os resultados. E, de fato, os resultados não eram bons.”

Renato Paiva fala sobre encontro com torcedores do Bahia no Shopping

Além disso, Paiva relatou sobre expectativas irreais do futebol brasileiro, quando encontrou com torcedores do Bahia num Shopping, que pediram ao treinador o título do Brasileirão: “Infelizmente, é comum que se conviva com expectativas irreais no futebol brasileiro. Uma vez, dois torcedores do Bahia vieram conversar comigo em um shopping. ‘Mister, temos que ser campeões’. Enquanto eu dizia que lutaríamos para isso, mas que era necessário respeitar o Vitória, eles me interromperam. ‘Não, mister, não estamos falando do campeonato baiano. Temos que ganhar o Brasileirão’.

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Foto: Esporte Clube Bahia / Felipe Oliveira