A derrota do Internacional para o Fluminense mostrou, mais uma vez, um Colorado com extremas dificuldades de criação e marcação. Nem mesmo a estreia do equatoriano Enner Valencia conseguiu diminuir a péssima imagem deixada pela equipe do técnico Mano Menezes no Maracanã.

O centroavante, inclusive, acabou sendo vítima das escolhas no mínimo estranhas do treinador. Apesar de ter sido um dos cinco maiores artilheiros da última temporada europeia, Enner Valencia foi escalado como ponta pelo treinador. Gráficos e mapas de calor disponíveis em aplicativos de estatísticas comprovam que ele passou grande parte do duelo longe da área.

Para piorar, em diversos momentos Mano Menezes ainda pedia para Enner Valencia fechar os espaços, cobrindo o lateral. Ao invés de arrumar um esquema que potencializasse o craque, o treinador optou por manter uma tática que já se mostrou insuficiente e ainda sacrificar seu melhor jogador.

No intervalo, então, o treinador conseguiu piorar ainda mais a situação. Ao invés de retirar Luiz Adriano e reposicionar Enner Valencia, Mano Menezes preferiu tirar o equatoriano. Tudo isso para “recuperar o meio-campo”. Desta forma o Inter até parou de sofrer defensivamente, mas pouco ameaçou os cariocas.

Completando a sequência de “crimes” do treinador contra Enner Valencia, a entrevista coletiva foi mais uma vez vergonhosa. Mano teve coragem de dizer que o centroavante precisa se adaptar ao Inter e somente depois ele vai pensar em uma mudança tática. Qualquer pessoa com o mínimo de sabedoria montaria uma equipe para potencializar um craque, menos o atual comandante colorado.

Foto: Ricardo Duarte / Internacional