O Brasileirão de 2023 já acabou, mas segue dando o que falar. No ano passado, John Textor contratou a empresa francesa Good Game! para analisar os lances e desempenhos de arbitragem que possam ter prejudicado o Botafogo na competição. O relatório concluiu que o Glorioso deveria ter 21 pontos a mais que o Palmeiras na rodada 34 e que os erros de arbitragem estariam corrompendo (alterando o resultado) o campeonato nacional.

Agora, em 2024, a empresa foi contratada pela Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) para fazer relatórios sobre 18 jogos do Carioca, incluindo clássicos, semifinais e final do Carioca e semifinais e final da Taça Rio. Em entrevista ao Globo Esporte, o CEO da Good Game!, Thierry Hassanaly, foi contundente sobre o relatório do Brasileirão.

“Temos muitos clientes, federações, clubes, serviços de investigação policial e de justiça e também casas de apostas. Para casas de apostas, monitoramos partidas de competições de vários lugares – do Brasil, África, Meio Oeste, América do Sul. Sobre algumas partidas do Brasileirão, baseado em nossas ferramentas, tecnologia e soluções, estamos 99% convencidos de que alguns jogos foram manipulados”, afirmou.

Mas como acontece a manipulação apontada no Brasileirão?

Segundo Hassanaly, a manipulação não envolve todo o time. Portanto, de um a três jogadores fazem parte. A empresa chega a essa conclusão depois de obedecer duas etapas: a humana (feita por operadores) e a conclusão do sistema de algoritmo (analisa os dados da partida e diz se é manipulada ou não).

“Tudo que produzimos pode ir para o tribunal. Tudo que dizemos tem que ser 99% correto. Por isso, quando dizemos que uma partida é manipulada, temos 99% de certeza, porque podemos ir para o tribunal, costumamos ir ao tribunal, civil e esportivo. Não significa que você possa ir ao tribunal e ser condenado apenas baseado em um relatório da Good Game!. Tem que haver outras provas”, disse.

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Crédito da imagem: Cesar Greco/Palmeiras