Ao longo de sua carreira no futebol, Thiago Carpini tem se destacado como treinador de equipes paulistas. Com apenas 39 anos, já passou por sete clubes (o oitavo será o São Paulo) e ganhou mais notoriedade no ano passado, enquanto comandava o Água Santa.

Carreira de Thiago Carpini como jogador

Nascido em Valinhos, São Paulo, Carpini iniciou a carreira como jogador, mais precisamente na posição de volante. Em 2005, jogava na Segunda Divisão do Campeonato Paulista pelo Guarani Sumareense. Em 2006, foi para a Ponte Preta, para disputar a Série A.

Passou também por Atlético-MG, América de Natal, Bahia, Clube Recreativo e Atlético Catalano, Inter de Bebedouro, São José, Monte Azul, Novo Hamburgo, Guarani, Penapolense e, por fim, Caldense. Ele pendurou as suas chuteiras em 2017, aos 32 anos.

Apesar de Carpini ter conseguido jogar no seu time do coração, o Bugre, entre 2014 e 2016 (foram 58 jogos), ele conta que parou “cedo” por conta de lesões. “Tive muitos problemas com lesão. Na reta final, já pensava em permanecer no futebol após parar de jogar, mas não sabia em qual função ainda”, disse ao programa “Lente Esportiva ABC”, em 2021.

Números como técnico

Enquanto era atleta, Carpini formou-se em Educação Física na Unip (Universidade Paulista) de Campinas. Depois, fez cursos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e da AFA (Associação de Futebol Argentino). Logo quando parou de jogar, virou assistente técnico no XV de Piracicaba.

Em 2018, foi para o Botafogo-PB, onde foi vice-campeão da Copa do Nordeste. No ano seguinte, voltou para o Bugre como auxiliar fixo. Após a demissão do técnico Roberto Fonseca, assumiu o comando da equipe e salvou o Guarani do rebaixamento, em 2019.

Em 2020, teve uma passagem curta, de 20 dias, pelo Oeste. Em novembro daquele ano, foi para o Inter de Limeira, onde chegou às quartas de final do Paulistão. Nesse período, também visitou clubes da Europa para melhor o aprendizado – Atlético de Madrid, Barcelona e Valladolid.

Em seguida, em 2022, foi para o Santo André e repetiu o mesmo feito (mas também caiu nas quartas). Fez outra passagem relâmpago, mas dessa vez na Ferroviária, de março a maio de 2022 (ganhou apenas um de seis jogos). Porém, no final daquele ano tudo mudou drasticamente.

O técnico assumiu a equipe do Água Santa na Copa Paulista de 2022, mas ganhou notoriedade ao levar o clube para a final do Paulistão em 2023, eliminando o próprio São Paulo nas quartas de final e o Red Bull Bragantino na semi. Na final, ganhou do Palmeiras no jogo de ida (por 2 a 1), mas perdeu o título de virada na volta (por 4 a 0).

Mesmo com o resultado, Carpini levou o título de melhor técnico da competição. Recebeu sondagens do Santos e do Cruzeiro e visitou clubes argentino (River Plate e San Lorenzo), mas escolheu assumir o Juventude, ainda em 2023, quando o time lutava para não cair para a Série B. Além de conseguir o acesso à elite do futebol brasileiro, o clube gaúcho ainda ficou com o vice-campeonato do Brasileirão.

Estilo de jogo

Em entrevista ao jornalista Duda Garbi, o técnico falou um pouco sobre seu estilo de jogo: “Tenho algumas coisas que acredito muito no futebol, de ter um time vertical, de gostar de ter a bola, de buscar o gol o tempo todo, de ser ofensivo, mas buscar o equilíbrio. Organizando a parte defensiva, começo a me organizar ofensivamente. Sou de uma linha que gosta de jogo de posse, de pé em pé, de construção, não de bola em disputa, não de tiro de meta toda hora. Ficando mais com a bola, a gente começa a controlar mais o jogo e começa a criar alternativas para jogar.”

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Crédito da imagem: Reprodução/Instagram @tcarpini