O Corinthians é o time a ser batido no futebol feminino. No último domingo (10), as Brabas conquistaram o penta do Campeonato Brasileiro. Além disso, a equipe lidera o Campeonato Paulista e joga a Libertadores, em outubro. Mas, o que foi a virada de chave para as comandadas de Arthur Elias se tornarem o principal time na modalidade? Confira agora.

Parceria com Audax

Em 2016, após sete anos de paralisação do futebol feminino, o Corinthians firmou parceria com o Grêmio Osasco Audax, que já disputava os principais torneios da modalidade. Aliás, foi nesta época que Arthur Elias chegou ao Timão, com supervisão de Aline Pellegrino. Anteriormente, o técnico já havia conquistado um título do Brasileirão pelo Centro Olímpico, em 2013.

Primeiros títulos

Com a promessa de disputar os principais campeonatos na modalidade em 2016, as Mulheres do Timão (apelido da época) não só jogaram, como também conquistaram a Copa do Brasil após superar Pinheirense, Santos, Flamengo, Cresspom e São José, respectivamente. Mas, não demorou muito para o Corinthians se consagrar no cenário internacional.

Em 2017, seu segundo título foi a Libertadores Feminina. No entanto, para erguer a taça as Brabas tiveram que superar o atual campeão, Sportivo Limpeño, Deportivo Ita, Santa Fe e Cerro Porteño. Por fim, o Timão disputou a taça com o Colo-Colo, com direito a dois pênaltis não marcados, expulsão de Raquel e Lelê garantindo o título corintiano nas penalidades.

Sem o Audax, e agora?

Foi aí que a diretoria alvinegra priorizou o desenvolvimento da modalidade. Primeiramente, o Timão trouxe Cris Gambaré para ficar a frente do departamento de futebol feminino. Na sequência, os bons resultados dentro de campo atraiu jogadoras renomadas, como Tamires e Luana, que largou o projeto do PSG para vir para o Corinthians.

Em 2018, as Brabas conquistaram o Campeonato Brasileiro pela primeira vez com números incríveis. Em suma, a equipe teve apenas uma derrota, para o Flamengo em 20 jogos disputados.

Consolidação das Brabas

No ano seguinte, o Corinthians se tornou Bi da América em uma final brasileira, contra a Ferroviária – outra potência do futebol feminino nacional. Depois disso, em 2019, conquistou a última taça que faltava na sala de troféus das Brabas, o Campeonato Paulista.

Apesar da paralisação dos jogos por conta da pandemia, o Timão não diminuiu o ímpeto e venceu Campeonato Brasileiro (2020, 2021, 2022 e 2023), Paulistão (2020 e 2021), Libertadores (2021), Supercopa do Brasil (2022 e 2023) e Copa Paulista (2022).

Sucesso nas redes sociais e arquibancadas

O investimento na modalidade ultrapassou as quatro linhas. Isso porque, o Corinthians foi um dos primeiros clubes a criar um perfil nas redes sociais para o futebol feminino. Atualmente, as Brabas somam mais 1.5 milhão no Instagram e 369 mil no X, ex-Twitter.

Outro recorde que as Brabas fizeram é maior público entre clubes da modalidade na América do Sul. A final do último domingo (10), contou com 42.566 torcedores presentes na Neo Química Arena, com renda bruta em R$ 920.125,90.

E agora?

Após a conquista do quinto título brasileiro, as Brabas ainda têm duas competições para disputar: o Paulistão, que já estão classificadas, e a Libertadores que será realizada em Cali, na Colômbia, entre os dias 5 e 21 de outubro.

Depois disso, a Era Arthur Elias chegará ao fim. Vale lembrar que o técnico foi anunciado como novo treinador da Seleção Brasileira, então, deixará o comando das Brabas após sete anos de glórias.

Crédito da imagem: Rodrigo Gazzanel.