Apesar de ter perdido a semifinal para Iga Świątek em Roland Garros, Bia Haddad mostrou como é extremamente talentosa e tem a resiliência do povo brasileiro em suas veias. Inicialmente temos que aplaudir Haddad de pé por ser a 14.ª colocada no ranking da WTA em um país que investe pouco no tênis, mesmo tendo fenômenos como Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten.

Bia perdeu, mas mostrou que o seu talento veio para ficar

A princípio, para quem não acompanhou a trajetória de Iga até essa tarde, pensa que a polonesa fez uma partida acirrada e ratificou a vitória. Porém, segundo a reportagem da ESPN a número 1 do mundo jogou mais games nas semifinais do que toda sua trajetória até o encontro com Haddad.

Um dos motivos de engrandecer a performance de Bia Haddad é “orar” para ela manter esse ritmo, pois tradicionalmente o número 1.º do mundo ganha com tranquilidade do 14.º, não foi isso que vimos no segundo set sendo vencido no detalhe.

Os pontos positivos que temos que destacar da jornada de Bia Haddad é sua qualidade técnica e consistência em momentos decisivos. Além disso, a brasileira não entrega um ponto de graça e força os erros das adversárias de alto nível.

Bia Haddad é mais um exemplo que o talento venceu a falta de investimento

Em um país que temos multicampeões mundiais como Robert Scheidt, César Cielo e Maria Esther Bueno. Além disso,Bia mostra a força do atleta brasileiro em meio a um cenário que a maioria das verbas dos esportes são repassadas para o futebol, vôlei e outras modalidades olímpicas. Sendo assim, ser semifinalista de um Roland Garros está a um passo da final. Mostra como o atleta brasileiro é diferenciado.

A princípio, hoje conseguimos ter uma referência em um esporte com grandes nomes no Brasil, mas que infelizmente demora a surgir por falta de vontade das autoridades e investidores. Porém, hoje nós sabemos que teremos a Bia para representar o Brasil nos principais torneios de tênis do mundo.