Desde que desembarcou no clube da Gávea, em meados de 2019, Gabigol se acostumou a ser protagonista do Flamengo. O jogador liderou a temporada naquele ‘ano mágico’ do clube, que terminara com o título da Libertadores, depois de 38 anos, e com a conquista do Brasileirão Série A. Além disso, o atleta foi um dos principais nomes da taça rubro-negra no Brasileiro de 2020 e voltou a decidir a ‘Glória Eterna’ em 2022.

Do protagonismo à reserva no Flamengo

Tratando-se de Libertadores, desde 2019 Gabriel Barbosa, o Gabigol, participou de 3 finalíssimas da competição continental. E não foi só isso. Embora o Flamengo tenha conseguido levantar a taça em apenas duas delas, o centroavante marcou em todas as 3 decisões.

Em 2019, nos acréscimos, Gabigol marcou os dois gols rubro-negros na remontada do clube sobre o River Plate, em Lima (PER), por 2 a 1. Dessa forma, o Fla voltou a colorir a América com as cores vermelha e preta quase 40 anos depois da primeira conquista, que aconteceu em 1981, sob a liderança técnica do ídolo eterno, Zico.

Na final da Libertadores de 2021, em Montevidéu (URU), Gabigol voltou a marcar em uma decisão do torneio ao empatar no final da partida em 1 a 1, diante do Palmeiras. Sendo assim, o tento do atacante forçou a prorrogação. No entanto, em falha de Andreas Pereira, os paulistas marcaram o gol do título, anotado por Deyverson.

Já em 2022, na final disputada em Guaiaquil, no Equador, entre Flamengo e Athletico-PR, Gabigol mais uma vez decidiu. O centroavante marcou o único gol da decisão e assegurou o tricampeonato dos cariocas no torneio da Conmebol.

Todavia, todo o protagonismo de outrora, não é visto mais em 2023. Diante desse cenário, Gabigol não é mais um titular incontestável. Isso porque, o camisa 10 agora figura entre os reservas com um longo jejum sem balançar as redes.

Segundo o portal Extra.globo.com, a sensação internamente no Flamengo é que o atacante perdeu o protagonismo por não saber lidar com o peso que foi colocado sobre seus ombros com a camisa 10 que foi de Zico. E, embora ele tenta transparecer que não “sentiu o golpe”, o que se percebe é que ele não tem conseguido lidar com a atual fase.

Cenário atual

No atual momento, Gabigol está na reserva do Flamengo há nove jogos e há 13 partidas sem marcar um gol. Além disso, o seu papel de liderança que lhe foi confiado ao herdar a camisa 10 do Fla com a aposentadoria de Diego Ribas, no fim de 2022, não está tendo o resultado esperado.

Um dos motivos cogitados para queda de rendimento de Gabigol, além do peso da camisa 10 rubro-negra, foi a saída de Dorival Júnior para a chegada de técnicos estrangeiros, como Vítor Pereira e Jorge Sampaoli.

Em princípio, com a camisa 10 que foi de Zico, a expectativa era que o atacante alcançasse novo status na Gávea. Além disso, havia a perspectiva para uma renovação contratual que faria o jogador completar 10 anos de Flamengo. Todavia, as tratativas para a extensão de vínculo se encontram congeladas por conta da fase do jogador.

Tal cenário tem influenciado algumas atitudes questionáveis do atacante, de forma desesperada, como a foto em que postou rindo, após ser expulso no Fla-Flu, no último final de semana, pelo Brasileirão Série A.

O Flamengo volta a campo na próxima semana, quinta-feira (23), diante do Red Bull Bragantino, às 21h30 (de Brasília). A bola vai rolar em jogo atrasado da 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Maracanã.

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Crédito de imagem: Marcelo Cortes / CRF